Cocatrel

Cafeína: o grupo de mulheres produtoras da Cocatrel

A Aliança Internacional das Mulheres do Café (IWCA) é um movimento que nasceu com o propósito de gerar visibilidade para as mulheres do café, as incentivado a participar efetivamente do mundo do café, um universo majoritariamente masculino.

Na Cocatrel, o movimento ganhou força com a criação do grupo Cafeína Cocatrel, em 2019. O objetivo foi reunir mulheres cooperadas para troca de informações, conhecimentos e maior aproximação da gestão da cooperativa. Esse foi o início para uma série de ações da Cocatrel. Cursos e treinamentos foram oferecidos para o grupo, tendo como objetivo contribuir para o desenvolvimento de competências que as ajudasse a administrar suas fazendas e a produzir qualidade. O foco era estimular a formação de mulheres empreendedoras, e daí a importância de trocar experiências e histórias de vida. Criar e compartilhar conhecimentos e experiências para crescer.

O empoderamento foi importante e resultou em maior engajamento, inclusive, na participação dos eventos e assembleias da cooperativa. O passo seguinte foi convidar algumas delas para participarem dos conselhos da Cocatrel, que, além dos tradicionais conselhos administrativo e fiscal, conta com os conselhos consultivo e de ética.

As mulheres do Cafeína Cocatrel entenderam que o movimento poderia agregar valor e suas participações nas ações do departamento de cafés especiais da Cocatrel (CDT) foram crescentes. O CDT trabalha em três linhas mestras: orientação, análise e exportação. As orientações e práticas nas propriedades produziram resultado e a produção e exportação de cafés especiais foi uma consequência natural. Os embarques de cafés do Cafeína Cocatrel cresceram de 2019 para 2020, e novamente apresentarão aumento em 2021. Os principais compradores estão na Europa e os destaques ficaram por conta de Alemanha e Inglaterra, que lideram o ranking de 27 países compradores dos cafés do grupo. Tudo resultado de um posicionamento desenvolvido pela Cocatrel no sentido de se criar mercados para cafés especiais produzidos por mulheres.

Vale aqui um registro sobre os dois outros papeis do CDT: a análise, que entende as demandas e seleciona os lotes, que são direcionados por perfil; e a exportação, que promove, vende e transfere bônus para as produtoras. A agregação de valor não ocorre somente por meio de preços com ágios, mas também por meio de construção de reputação das produtoras, suas fazendas e região. Alianças com compradores vão sendo construídas e a ideia é que isso gere continuidade, afinal, eles desejam ofertas regulares, visto que há a promoção para os consumidores finais do café, que pagam mais caro para terem acesso aos cafés específicos produzidos por mulheres da Cocatrel.

A garantia de visibilidade para as produtoras e suas fazendas também é preocupação da Cocatrel, que produz vídeos com as cooperadas. Esse material é divulgado nas mídias da cooperativa e tem gerado aumento de participantes do grupo, além de maior participação e engajamento das cooperadas, tanto em assuntos de qualidade e gestão como em questões da cooperativa. Essa valorização das mulheres da Cocatrel também ganhou espaço na revista da cooperativa e há uma seção reservada a elas nas edições mensais.

Outro ponto de agregação de valor para as mulheres do Cafeína Cocatrel é a possibilidade de participarem da linha de cafés Montrês. A linha desses cafés oferece aos consumidores cafés especiais raros e exclusivos. São cafés que seguem as normas de classificação da Associação Brasileira de Cafés Especiais e são todos certificados 4C. São oferecidos nas modalidades torrado em grãos e torrado e moído, e são empacotados em embalagens de 250 gramas. São lançadas várias edições por ano e nessas edições, que são limitadas, já ocorreram seis versões com a participação dos cafés das mulheres do grupo.  

O Cafeína Cocatrel criou mudanças nas fazendas e seus modos de produção. A preocupação com os detalhes, a busca por excelência e a visão de melhorar sempre fizeram do grupo um case de sucesso.Hoje, as cooperadas já somam mais de 1 mil e a cada dia aumenta o número de integrantes do projeto, que hoje conta com cerca de 200 cooperadas, sendo que 50 já exportaram seus cafés. Os ágios costumam ser de 100% em relação aos convencionais e 30% mais do que a média dos especiais.

Assim, o Cafeína é mais um projeto da Cocatrel, que busca sempre evoluir para gerar benefícios e agregar valor para seus cooperados. Um projeto ambicioso que incentiva e valoriza o empoderamento das mulheres do café no Brasil, especialmente as do grupo Cafeína: o grupo de mulheres produtoras da Cocatrel. Sinto-me feliz em participar de um projeto dessa importância e simbolismo, que gera empoderamento e visibilidade para as mulheres pioneiras da Cocatrel.

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